quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

De Lisboa a Fátima

Saindo do Aeroporto de Lisboa, seguimos direto para um ônibus que nos levaria a Fátima.


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Imaginem minha ansiedade. Mal podia esperar! Primeira emoção foi pisar em solo português. Eu pensava "Nossa! Estou aqui! Fiz o caminho inverso dos meus pais. Cheguei no país de onde eles saíram". Minha vontade era conseguir capturar as imagens por completo. Queria ter comigo tudo que pudesse guardar e esse tudo se resumia a imagens: fotos e lembranças que não saem da minha mente.

O ônibus partiu e eu segui grudada na janela, tentando registrar na memória tudo que fosse possível. Tentei "conhecer" a Lisboa do caminho. Ruas, prédios, viadutos... Meu desejo era ver bem para tentar manter na mente o máximo possível do que via.

Pegamos uma estrada e quase me senti entre Rio e Saquarema (rs), olhava para as margens e via as cidades, prédios, casas... Ficava irritada quando no lugar da paisagem a única coisa que se podia ver eram umas estruturas, como uns tapumes, desses que temos na Linha Amarela.

Aos poucos a parte urbana foi ficando para trás e os campos começaram a surgir na paisagem. Olivais, vinhedos, campos de girasol... Construções mais simples, jeito de roça que me levou a imaginar as aldeias onde meus pais nasceram. Talvez fossem parecidas com as imagens que meus olhos, maravilhados, tentavam absorver.

No ônibus a maioria do pessoal já estava dormindo. É uma viagem na qual eu dormiria facilmente, isto se não fosse um mundo novo que eu queria conhecer. O sono batia forte e eu lutava bravamente contra ele. Liguei meu radinho para ver como seria uma rádio FM em Portugal. Encontrei estações bacaninhas de ouvir. E não é que acabei achando a sintonia da Rádio Canção Nova de lá? Estavam transmitindo o Terço da Misericórdia. Achei engraçado porque as jaculatórias são diferentes das nossas. Assim... significam, no fundo, a mesma coisa, mas com outras palavras (rs). E ainda tinha aquele sotaque bonitinho de ouvir. Sem falar no fato de já estar me ligando à Fátima antes mesmo de pisar lá.

Fomos nos aproximando cada vez mais e ver as placas dava uma ansiedade tremenda. Num dado momento eu avistei a torre da Basílica. Quanta alegria! Era a torre sim. Falei com os que estavam mais próximos. Sabia que estávamos perto. Lembra muito quando você está se aproximando do Santuário de Aparecida, não sei explicar se é a paisagem, o ar, as pessoas ou alguma outra coisa. Só sei que dava para perceber que estava chegando. E avistar a torre da Basílica só confirmou minhas suspeitas.



Seguimos caminho e, num determinado ponto veio a certeza de que realmente estávamos lá. Não! Ainda não era o Santuário de Fátima, mas sim uma praça lindinha onde víamos uma escultura com os três pastorinhos. Sim! Estávamos em Fátima!



Nosso ônibus seguiu em direção ao hotel, mas nossa chegada ficará para o próximo post.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Chá Verde

Este post vai inaugurar um novo marcador. Chamarei de "Causos" e sempre estará listado quando eu resolver contar um fato curioso, engraçado, no sense... essas coisas que a gente faz (ou vê outras pessoas fazerem) em viagens, principalmente para fora do seu próprio país.

Vou começar com algo que vi durante o vôo para Madrid. Ok! Muita gente alí nunca tinha viajado de avião. Para algumas pessoas devia ser normal um certo nervosimo, mal estar, desconforto, afinal, cerca de 12h de viagem não é mole não. Mas vamos combinar que existe limite para tudo, né?...

Estava lá, sentado ao lado da garota estrangeira, quando começo a notar um falatório na poltrona da frente. Era uma senhora que insistia em pedir chá verde para as aeromoças. Gente, lembram que eu estava viajando de Ibéria? Pois bem, a tripulação falava espanhol. A criatura não parou para pensar que "Chá Verde" poderia ter outro nome na língua espanhola, se é que existe isso por lá? Após o jantar foi servido Chá e Café. Eu também me dei mal numa hora lá. Elas passavam falando Té (Chá em espanhol) e a tonta aqui entendeu Café, quando fui beber... Chazinho ruim! Ainda bem que depois veio o tal do café, se é q podemos chamar assim porque estava mais para outro Chá, um belo de um CHÁfé de tão ralo.

Depois que tomei meus 2 "chás" acreditam que a pessoa ainda insistia no bendito do Chá Verde? A coitada da aeromoça já não sabia mais o que fazer e dizia que só tinha Chá Inglês. Resolveu então chamar um comissário que falava e entendia português um pouco melhor. E a dona na minha frente continuava... "Vocês não têm Chá Verde?". O pobre do comissário tentou explicar que não. Acho que eles nem sabiam o que podia ser Chá Verde, talvez nunca tivessem ouvido falar nisso. Ele então disse que tinha Chá de Camomila. Deve ter pensado que ela estava nervosa com o vôo e queria um chá para acalmar. Até eu pensei que podia ser isso, mas agora fui procurar os efeitos do bendito chá e não encontrei nada que justificasse tamanha insistência.

Por fim, se bem me lembro ela acabou ficando com o Chá de Camomila e sossegou. Mas que tremenda surra os pobres funcionários da Ibéria levaram. rsrs

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Escala em Madrid e desmbarque em Lisboa

Nossa viagem tinha como primeiro destino Portugal, onde faríamos a pré-jornada. Como voamos de Ibéria, foi preciso fazer escala em Madrid. Aterrissamos no aeroporto de Barajas e fizemos a conexão para Lisboa. Nossa! Foi uma baita correria. O povo se enrolava para sair, nós precisamos nos informar sobre para onde ir... e já estávamos em cima da hora do outro vôo. Ainda bem que com o tanto de gente do meu grupo, se saísse, o avião era capaz de ir vazio e não teriam onde nos realocar. Acho que até esperaram por nós. hehe



O vôo para Lisboa foi como uma ponte aérea Rio - São Paulo. Rápidinho!

Lá de cima pude ver a costa portuguesa. Fotografei uma praia que estava bem cheia em um trecho. Não sabia onde era, mas segundo meu chefe... "essa praia, enorme, banha os vilarejos de Aldeia do Meco, Moinho Baixo, Lagoa Albufeira, Fonte da Telha, Aroeira, Costa da Caparica e acaba na Cova do Vapor. Começa próximo à Setubal e Sesimbra e termina em Almada, próximo à Lisboa, Sudoeste de Portugal".




Quando regressei consegui localizar usando o bom e velho google maps. Caso alguém tenha interesse, aqui está:


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Quem sabe um dia não chego lá por terra? Já tenho o caminho. rs

Um lance engraçado que aconteceu neste vôo foi a bronca que a aeromoça deu em mim porque eu estava tirando fotos. rs Ah! Eu estava vendo Lisboa do alto, já chegando perto do solo, não podia perder aquelas imagens! Quando ela falou comigo até desliguei a máquina, mas ao ver todos no avião fotografando me uni aos meus amigos de vôo. hehehe

Nem imagino onde seja porque não passei por esta ponte quando estive por lá (ao menos não lembro), mas fiz esta foto quando voava no céu de Lisboa, já quase chegando ao aeroporto.

O desembarque foi tranquilo. Pegamos nossas malas e o grupo finalmente se reuniu de fato. Saímos do setor de desembarque juntos e já nos aguardavam lá fora, com aquelas plaquinhas (rs), para nos conduzirem ao ônibus que nos levaria até Fátima.




Mas esta história fica para o próximo post.